quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Better / Melhores


Caption: World
Legenda: Mundo

We are living as if we were waiting for the day that we will be BETTER PEOPLE – eco-friendly, sympathetic, altruistic and a flawless example of behavior. There is nothing wrong with having goals in life. The problem is to base your whole life in waiting.

Vivemos como se estivéssemos esperando pelo dia em que nós seremos PESSOAS MELHORES – ecologicamente corretos, solidários, altruístas e um exemplo impecável de comportamento. Não há nada de errado em ter objetivos na vida. O problema é basear sua vida em apenas esperar.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Let them talk / Deixe que eles falem


Caption: Writing again
Legenda: Escrevendo novamente

LET THEM TALK. As if it was necessary for them to do it so. “Them” are not people, but a concept. Once you use it, you are making sure that things are not as easy as it looks, when it comes to defining something. If you must know, this pronoun might be an undefined ghost or an abstract amalgamation of thousands of bad things. Being that as it may, we tend to undefine everything that can harm us – a “clever” way of downplaying a situation.
Talking, or speaking, calls for every language ability we have. In other words, it is not just saying something or verbalizing – and this is often overlooked. When we talk, our brain works at full capacity, merging ideas of one single concept and with similar structures, while the mind processes  all the information that was absorbed by the hearing, consulting the fictitious written documents inside the database and, in one nucleus only, we apply our personal opinion to develop information to finally speak.
There is no such thing as “I was not thinking when I did that”. Clearly, there is more in talking than meets the ear. 
So we “let” them talk. If we let, it means it is something important or neutral that might become something interesting. This duality was intended here to make us ponder: do we listen the way we speak or we speak the way we listen? You may say: words are just words and, on the long run, they have no significance. I would agree with you, but then we both would be wrong.


DEIXE QUE ELES FALEM. Como se fosse necessário que eles o fizessem. O “eles” não são pessoas, mas um conceito. Uma vez que você o usa, está se certificando de que as coisas não são tão fáceis quanto parece no que diz respeito a definir alguma coisa. Fique sabendo que esse pronome poderia ser um fantasma indefinido ou uma amalgamação abstrata de milhares de coisas ruins. De qualquer forma, nós temos a tendência de indefinir tudo o que pode nos prejudicar – uma forma “genial” de relativizar uma situação.
Falar, ou dizer, convoca todas as habilidades linguísticas que nós temos. Em outras palavras, não é apenas dizer alguma coisa ou verbalizar – e isso geralmente é passado por alto. Quando nós falamos, nosso cérebro trabalha a todo o vapor, mesclando ideias de um mesmo conceito e com estruturas semelhantes, enquanto a mente processa todas as informações que foram assimiladas pela audição, consultando os documentos escritos imaginários dentro do banco de dados e, em apenas um núcleo, nós aplicamos nossa opinião para desenvolver a informação para, ao final, falar. Não existe essa coisa de “eu não pensei quando fiz aquilo”. É obvio que existem mais coisas surpreendentes na fala do que se imagina.
Assim, nós “deixamos” que eles falem. Se nós deixamos, significa que é algo importante ou neutro que pode se tornar algo interessante. Essa dualidade foi intencional aqui para nos fazer refletir: nós escutamos da mesma forma que falamos ou nós falamos da mesma forma que escutamos? Você pode dizer: palavras são apenas palavras e, no fim das contas, elas não tem significado algum. Eu concordaria com você, mas, se eu fizesse isso, nós dois estaríamos errados.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

The very last post / O último post

Caption: Path
Legenda: Caminho 


Five years...that long. Time to move on.
Since it's the last post, let's make it a bit bigger than usual.

"They come. They fight. They destroy. They corrupt."

We are tired of having people telling us what to do and not to do. We do not want to be different, set apart, however, we don't want to be equals. We don't want to read, but we don't believe what we see. Paradoxes - we are tired of them too. That we must live our lives with meaning - that sounds like a after-school special, so played out that are hard to pay attention to it. If we talk about plesant things with happy endings, we become non-sense dreamers; if it's only the bad side of life, we are dark, melancholic and disturbed. So come (I feel like Walt Whitman), let us forget the labels people establish. Enough with typification. We tend to picture in our heads the idea that we are the good guys. We are doing the best we can and that justifies anything we say and do. We are not here to give advice or tell people what to do. Reality is cold, devoid of beauty and attached to time. We know that already - the movies and the books we don't read tell it quite well. We are just busy with the wide path, the one that makes sense, that doesn't interfere in our habits and thinking. We are pretty sure life is made of rules and moral attitudes that we create. It is not. It's easier than than that. Yet, we are lost. And not in a good way.

Farewell.

Cinco anos...tudo isso. Hora de seguir em frente.
Já que é o último post, vamos fazê-lo um pouco mais longo que o normal.

"Eles vêm. Lutam. Destroem. Corrompem."

Estamos cansados  de ter pessoas nos dizendo o que fazer ou não fazer. Não queremos ser difernetes, separados, no entanto, não queremos ser iguais. Não queremos ler, mas não acreditamos no que estamos vendo. Paradoxos - estamos cansados disso também. Que nós devemos viver nossa vida com significado - isso parece um especial para crianças tão "batido" que não conseguimos prestar a atenção. Se falamos sobre coisas agradáveis com finais felizes, nós nos tornamos sonhadores absurdos; se é apenas sobre o lado ruim da vida, somos obscuros, melancólicos e perturbados. Então, venham (Quando falo assim, pareço o Walt Whitman), vamos esquecer os rótulos que as pessoas estabelecem. Chega de tipificação. Nós temos a tendência de imaginar nas nossas cabeças a ideia de que somos os bonzinhos da história. Estamos fazendo o nosso melhor e isso basta para justificar qualquer coisa que nós dissermos ou façamos. Não estamos aqui para dar conselho ou dizer às pessoas o que fazer. Nós já sabemos - os filmes e os livros que nós não lemos falam isso muito bem. Nós apenas estamos ocupados com o caminho largo, aquele que faz sentido, que não interfere em nossos hábitos e nosso pensar. Estamos plenamente certos de que a vida é feita de regras e atitudes morais que nós estabelecemos. Não é assim. É mais fácil que isso. Ainda assim, estamos perdidos. E não no bom sentido.

Adeus.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Nobody's / De ninguém


Caption: Non-place
Legenda: Não-lugar

World is filled with non-places, an official word people use to explain their non-human actions.

O mundo está cheio de não-lugares, uma palavra oficial que as pessoas usam para explicar suas atitudes não-humanas.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

"My running around is through" / "Minha busca acabou"


Caption: Way
Legenda: Caminho

"I've travelled the world to learn I must return..."

"Eu viajei pelo mundo para descobrir que eu preciso voltar..."

sábado, 28 de julho de 2012

Taking the city / Tomando a cidade

Caption: Warriors
Legenda: Herois de guerra

"Better a patient man than a warrior", daring words to say in this world where people are easily talked into fighting the system. They "dare" to be different, to be noble - ready with an answer. What they call "dare" falls short when they don't understand the history behind a cause, like keep beating in the air. And it goes "a man who controls his temper than one who takes a city": here's something we hardly give thought; taking a city - what! This way of speaking got so old for the young minds that sounds like a poetic foolish expression. What we overlook is the contrast between dominating a territory, with its complexities and  strategies and our own mind, which was supposed to be so near our domain.

"Melhor é o longânimo do que o heroi de guerra", palavras ousadas de se dizer neste mundo onde as pessoas são facilmente convencidas a guerrear contra o sistema. Elas "ousam" ser diferentes, ser nobres - com suas respostas prontas. O que elas chamam "ousar" fica aquém quando não compreendem  a história por trás de uma causa, como que desferindo golpes no ar. E continua, "o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade": eis aí algo que raramente damos atenção; tomar uma cidade - que coisa! Essa maneira de falar caiu em desuso para as mentes jovens de tal maneira que soa como uma expressão poética boba. O que nós não percebemos é o contraste entre dominar um território, com suas complexidades e estratégias e nossa mente, que era para ser algo tão próximo do nosso domínio.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Begins / Começos


Caption: New paths
Legenda: Novos caminhos

Here is another cliché I get worried about: "Life goes on" - a nostalgic idea that we rebuild our lives, that is, we keep going because something remains and it does not stop or is interrupted. That is conformism. That does not change anything.

Eis aí outro clichê com o qual eu me preocupo: "A vida continua" - uma ideia nostálgica de que nós reestabelecemos nossas vidas, ou seja, nós continuamos porque algo permanece e não fica estático nem é interrompido. Isso é conformismo. Isso não muda nada.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

The need of stopping / A necessidade de parar


Caption: Cherry blossoms
Legenda: Flores de cerejeiras

Though it's a cliché to say we never stop to smell the roses, we often mistake smell with just looking at them.

Embora seja um clichê dizer que nunca paramos para cheirar as rosas, nós frequentemente confundimos cheirar com apenas olhar para elas.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

To the Bard / Ao Bardo

Caption: Renaissance
Legenda: Renascimento


On Shakespeare
By John Milton

What needs my Shakespear for his honour'd Bones,
The labour of an age in piled Stones,
Or that his hallow'd reliques should be hid
Under a Star-ypointing Pyramid?
Dear son of memory, great heir of Fame,
What need'st thou such weak witnes of thy name?
Thou in our wonder and astonishment
Hast built thy self a live-long Monument.
For whilst to th'shame of slow-endeavouring art,
Thy easie numbers flow, and that each heart
Hath from the leaves of thy unvalu'd Book,
Those Delphick lines with deep impression took,
Then thou our fancy of it self bereaving,
Dost make us Marble with too much conceaving;
And so Sepulcher'd in such pomp dost lie,
That Kings for such a Tomb would wish to die.

Sobre Shakespeare
Tradução: Lucas Diemer

O que precisa meu Shakespeare por seus ossos honrados,
Os labores de uma era em sólidas pedras empilhados,
Ou que suas relíquias sagradas sejam encobertas porções
Abaixo da pirâmide que indica o vislumbre das constelações?
Venturoso filho da memória, grande herdeiro da fama,
Precisas tu tão frágil testemunha que pelo teu nome chama?
Tu, em nosso maravilhamento e fascinação,
Podes erigir-te um monumento de eterna perduração.
Enquanto acha-se a vergonha das lentas tentativas de arte
Teus números descomplexos fluem, e que cada um que tem parte
Tenha, nas folhas do teu livro, valiosa  feição,
Tais augurantes versos marcantes e vivos então,
Assim, nosso contemplar ante tamanho arrebatamento
Faz-nos mármore ofuscante ao nosso próprio entendimento;
E, alfim, sepultado em tamanha pompa, podes jazer
Onde reis em tal sepulcro almejariam morrer.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Can you hear it? / Consegue ouvir?


Caption: Sounds around
Legenda: Sons ao redor

It is impossible to photograph the silence. Only one of its opposites.

É impossível fotografar o silêncio. Somente um dos seus opostos.